A nossa visita a Amesterdão foi muito rápida. Já há bastante tempo que queríamos conhecer a cidade, portanto resolvemos dar um pulinho de 4 dias.
Antecipadamente comprámos o cartão I AMSTERDAM que dá descontos e entradas gratuitas na grande maioria dos museus, assim como permite andar gratuitamente nos transportes e ainda oferece algumas regalias em determinados restaurantes e bares. À chegada ao aeroporto fomos levantar o cartão e o guia da cidade a que tínhamos direito.
Seguiu-se a habituação pela qual todos passamos ao chegar a um sítio novo e desconhecido: A língua não é a mesma, os sistemas de transportes também não e inicialmente há algum esforço para tentar compreender o que nos rodeia. Sair da nossa zona de conforto é um óptimo exercício aos sentidos!
A minha mochila chegou estragada à minha mão, o que nos levou a pedir ajuda nas reclamações. Deram-nos o endereço de uma loja que reparava malas. Lá fomos.
A rua não aparecia no mapa que tínhamos, mas Amesterdão tem um fantástico sistema gratuito que consiste em colocarmos o endereço que queremos numa máquina automática e sai um mapa impresso com as direcções a partir do local em que estamos! Óptimo!
Fomos directos à loja na qual conhecemos um simpático senhor que nos recebeu com um enorme sorriso, falava um inglês exemplar e ainda nos disse todo contente que as férias dele iriam ser passadas em Portugal! Iria pegar no carro dele e vinha da Holanda para Portugal de carro. Planeava conhecer o norte e perguntou por serras e espaços verdes para conhecer. Pareceu-me um óptimo plano!
Ficámos logo encantados com a cidade que, aos nossos olhos, é acolhedora, simpática e muito bonita.
O cartão que comprámos permitiu-nos não fazer grandes planos a não ser consultar o guia e ver quais os museus que podíamos e queríamos visitar. Os 4 dias tornaram-se uma correria para visitar tudo o que queríamos. Viemos cheios de arte maravilhosa, passeios no rio Amstel e bicicletas de todos os feitios.
À noite, as casas iluminam-se e da rua consegue-se ver lá para dentro. Dá vontade de viver naquelas casas de janelas grandes e luminosas viradas para um dos muitos canais da cidade...
Há ainda as casas em barcos, que acabam por ter uma renda caríssima, mas têm a vantagem de poderem abalar quando se quer!
Visitámos o Red Light District, que nos surpreendeu por ser um espaço mais pequeno do que pensávamos. No mesmo quarteirão, pubs e coffee shops. Álcool, drogas e sexo à disposição como se fosse o local onde enfrentamos o espelho da nossa sociedade. De facto, são na maioria turistas os que procuram este tipo de entretenimento na cidade. Como que um reflexo do que já sabemos: tudo o que é proibido é sempre mais desejado.
Ficámos num parque de campismo afastado do centro da cidade, mas que valeu a pena pelo local e originalidade: os quartos eram todos em roulotes e o parque está localizado junto a um enorme lago. Todas as manhãs os patos passeiam pelos relvados decorados com duendes e outras figuras de cerâmica. E havia sempre uma carrinha que nos transportava até à cidade. Gostaríamos de ter tido mais tempo para aproveitar o local.
No último dia tentámos aproveitar ao máximo o que ainda havia para visitar. Conhecemos o fantástico zoo da cidade, com uma enorme biodiversidade e extraordinárias exposições de mamíferos, aves, vida aquática e borboletas. Perdemos horas lá dentro, mas saímos deliciados!
Zaanse Schans. Pequena localidade ideal para sair da capital e ter alguma ideia da Holanda dos moinhos que todos temos na memória. Se faltar tempo para visitar o resto do país, recomenda-se uma paragem aqui. Faz muito vento, essencial para os moinhos que podem ser visitados como autênticos museus ao vivo. Além disso, existem fábricas de queijo, sapatos e tamancos. Casas pequenas, campos longos e ruas tranquilas. Tudo à distância de uma viagem curta de comboio.
A curiosidade ficou saciada, mas muito há para descobrir ainda!