quarta-feira, 4 de março de 2015

Bangalore (Bengaluru)

26.10.2014
Traffic detail

Cows in the garbage

Bull Temple

View from a rooftop

De Munnar para Bangalore a viagem fez-se num autocarro de lugares sentados e um pouco degradado. Calharam-nos os últimos lugares da carreira, que por acaso, também coincidiam com os lugares mais à traseira. Isso significou algumas coisas: as cadeiras não eram reclináveis como as outras, os solavancos das estradas sentiam-se ao ponto de se levantar o rabo do lugar e umas senhoras francesas, de alguma idade, que viajavam com mochilas grandes de uns 30 quilos, resolveram colocar as malas (que nem elas próprias conseguiam carregar) no corredor ao pé de nós (porque os indianos disseram que não tinham lugar para as nossas malas nos compartimentos exteriores e dentro do autocarro não havia qualquer espacinho para malas grandes) e então as malas passavam o tempo a escorregar.
A viagem fez-se, chegámos a Bangalore pela manhã. Tínhamos lido que haviam umas tours estatais pela cidade, e como estávamos ali só a fazer escala para Hampi, pareceu-nos uma boa oportunidade, mas primeiro tratámos de encontrar a estação dos autocarros de onde partia o que precisávamos de apanhar para o próximo destino. Com alguma dificuldade devido a más indicações e confusões linguísticas, lá chegámos. Sorte a nossa que as tours podiam ser compradas precisamente ali!
Tínhamos tempo, por isso tomámos o pequeno-almoço, inspeccionámos a área da estação, comprámos os bilhetes para Hampi que seriam ao fim do dia, e encontrámos um depósito de bagagens onde deixar as nossas mochilas por algumas horas, levando connosco só o que era valioso.
De Bangalore, a tour de meio dia organizada pelo Karnataka State Tourism Development Corporation partia às 14h e visitava o Museu da Ciência, Palácio de Tipu, o Bull Temple, o Jardim Botânico Lalbagh (é mais um jardim com entrada paga para onde os indianos vão conviver. Sujo e desarranjado), Vidhana Soudha (visto de fora no bus) e o Gavi Gangadhareshwara Temple. Este último, um lugar de devoção a Shiva, conhecido pelo alinhamento perfeito do Sol com o templo em determinada altura do ano. Tem um altar dentro de uma gruta pequena, estreita e húmida. Valeu a pena conhecer. 
As visitas aos locais eram rápidas, o guia falava em hindu e inglês e para além do bilhete da tour que era bastante em conta, tínhamos de pagar entrada em alguns locais. Pudemos concluir que o Palácio de Tipu foi, de todos, o que achámos que menos valia o preço da entrada.
A visita valeu a pena para nós, que tínhamos pouco tempo na cidade, e foi divertido irmos com um grupo de turistas indianos. Bangalore é uma das maiores cidades da India, sendo a 3ª cidade mais populosa e o 5º maior agrupamento urbano da Índia, é confusa, caótica e suja. Sendo uma importante metrópole e líder de desenvolvimento tecnológico no país, não deixa de ser difícil e de requerer tempo para as deslocações dentro da cidade. 
Caminhámos um pouco sozinhos para fazer tempo até à tour e deparámo-nos com ruas cheias de montes de lixo e cocó de vaca. Animais todos sujos a comerem do lixo, trânsito desordenado e ao qual devemos prestar atenção, ruas cheias de gente que passa e polícias corruptos que mandam parar o trânsito, apreendem as motas tirando-lhes a chave para os condutores não fugirem e levam os veículos para dentro do edifício, para passados alguns minutos, os seus condutores estarem a sair de lá com elas novamente (o que se passa no meio não sabemos. Apenas vimos um condutor dar dinheiro a um polícia e ele deitou-o para o chão e levou a mota à mesma).

Quase às 20h regressámos à estação de autocarros para jantar e fazer tempo. Estava um pouco nervosa e expectante. Iria ser a nossa primeira viagem na Índia num autocarro com camas, e a última experiência, na China, não tinha sido muito positiva...

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From Munnar to Bangalore the trip was on an old seated bus. We took the last places, and by chance, it also coincided with the last seats on the bus. This meant a few things: the chairs were not reclining like the others, the bumps of the road were really felt at the point we lifted our butt of the seats several times and some French ladies, of some age, traveling with large bags of 30 kilos each, decided to put the bags (even them couldn't carry that weight) in the hallway next to us (because the Indians said they had no place for our bags in the outer compartments and inside the bus there was no space for large suitcases) and then the bags were slipping over us all the time.
The trip was over, we reached Bangalore in the morning. We read that there were some state tours through the city, and as we were there just to put into port to Hampi, it seemed like a good opportunity, but first we dealt with finding the station where the bus we needed was leaving to get to the next destination. With some difficulty due to bad directions and linguistic confusions, we got there. Lucky for us that tours could be bought precisely there!
We had time, so we took breakfast, inspected the area around ​​the station, bought the tickets to Hampi that departure in the end of the day, and found luggage storage where to leave our bags for a few hours, taking with us only the valuable stuff.
In Bangalore, the half-day tour organized by the Karnataka State Tourism Development Corporation left at 2 pm and visited the Science Museum, Tipu's Palace, Bull Temple, Lalbagh Botanical Garden (it's more like a paid entrance garden where peolple meet. Dirty and deranged), Vidhana Soudha (seen from outside the bus) and the Gavi Gangadhareshwara Temple. The latter, a place of devotion to Shiva, known for perfect alignment of the sun with the temple at one time of the year. It has an altar inside a small, narrow and damp cave. It was worth knowing.
Site visits were fast, the guide spoke in Hindi and English and in addition to the tour ticket which was quite into account, we had to pay entry in some locations. We concluded that the Tipu Palace was, of all, the one that doesn't worth the ticket.
The visit was worth it for us, we had little time in the city, and it was fun going with a group of Indian tourists. Bangalore is one of the largest cities in India, being the 3rd most populous city and the 5th largest urban grouping of India, is confusing, chaotic and dirty. Being a major metropolis and technological development leader in the country, it is still difficult and require time for travel within the city.
We walked a little alone to make time for the tour and we came across streets full of garbage and cow poop. Dirty animals eating garbage, disorderly traffic and to which we should pay attention, crowded streets passing and corrupt cops who have bikers stop, seize the bikes taking the key from it preventing people from escaping and takes the vehicles inside the building, after a few minutes, the drivers are out there with them again (which happens in the middle we do not know. Just saw a driver giving money to a policeman and he throw it down and took the bike).

Almost at 8 pm we came back to the bus station for dinner and make time. I was a little nervous and expectant. Would be our first trip in India on a bus with beds, and the last experience, in China, had not been very positive ...

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