Ponte de Sôr |
Zé sketching in Ponte de Sôr |
Zona Ribeirinha / Ponte de Sor waterfront |
Avis' walls |
Avis |
Avis |
Avis |
Avis |
Sketching in Avis |
Avis |
Avis |
Chaminé / Avis chimney |
Avis detail |
Avis |
Avis |
A paz que se sente em Avis é daquelas que nunca queremos deixar de sentir...
Estacionamos o carro junto à igreja e um pequeno cãozinho caminha atabalhoadamente enquanto a dona, babada com a sua aquisição, ri para nós e fala-lhe alto.
Não se passa mais nada no largo da igreja. Para além disso, umas vizinhas conversam nos bancos de jardim do largo que está bem adornado com bonitas laranjeiras. "Pode levar! Isso aí é de todos!" - diz-me um senhor de boina que passa e me vê a olhar para as laranjas.
Vila pequena, construída estrategicamente no cimo do monte, pertencente ao distrito de Portalegre. Cá em baixo, o complexo das Águas do Maranhão e o progresso que se vê nas habitações e indústrias que crescem à volta não combinam com o pequeno centro histórico onde há paz: poucos carros, poucas pessoas, pouco movimento.
O contrário de Ponte de Sôr, distrito de Portalegre, onde estivemos antes de chegarmos a Avis. Demos uma volta pelo centro e zona ribeirinha, de onde se vê a ponte oitocentista sobre a ribeira do Sôr, que dá nome à cidade.
A zona ribeirinha, foi recentemente reabilitada, para dar uma cara nova a Ponte de Sôr. Passeia-se tranquilamente junto à ribeira. De um lado a água, do outro relva e bancos onde alguns habitantes mais idosos descansam com o seu cãozinho. Os mais jovens vão para a esplanada do café ali ao lado.
Chegados quase ao fim do passeio encontramos uma zona para exercícios e uma pequena ponte moderna onde um casal namora mais escondido dos olhares.
Dirigimo-nos para o centro da cidade onde encontramos a azáfama de pessoas que passam, cafés, esplanadas, carros, lojas e um pequeno cinema.
O dia está quente, aproveitamos para lanchar numa croissanteria e seguir caminho.
Avis é um local pitoresco e cheio de história. Foi sede de uma das mais importantes ordens militares, a Ordem de Avis, e também deu nome a uma das dinastias portuguesas.
Casas baixas, muita luz por serem caiadas de branco com a típica pintura alentejana em azul ou amarelo e rodeadas pelas muralhas da vila. Hoje ela já cresceu além disso e ganha infraestruturas novas.
Mas junto à igreja, lá bem no coração da vila, os senhores continuam sentados nas cadeiras do café. Cá fora à sombra, para verem quem passa. Todos os dias ali estão a cumprimentarem os vizinhos e a ouvirem a música que vem dos ensaios da banda, na porta ao lado.
As crianças brincam no largo sem grades ou restrições e ao fim do dia, duas meninas escorregam divertidas por um muro inclinado junto ao novo jardim/miradouro onde poucos idosos se vêm sentar pelo fresco de um Sol que já vai baixo.
Avis, tal como tantas outras vilas portuguesas, é um local com muito para dar e tanto para descobrir. Cheio de história, bons restaurantes com gastronomia típica e prédios devolutos que nos contam projectos que estão a ganhar forma.
Haja mais vida e vontade em locais destes, que nos fazem tão bem!
No regresso a Lisboa ainda houve tempo para pararmos no Fluviário de Mora e para um pequeno passeio em Mora. De Avis a Mora passámos por estradas secundárias de terra batida que não estão indicadas no mapa e onde observámos abelharucos, cegonhas, rapinas e gado a pastar por entre campos de oliveiras, cultivo e prados verdes.
Voltámos para Lisboa num ritmo bem lento... para o choque não ser grande :)
//
Three days that passed running, as always, when we expect the opposite!
We never want to stop feeling the peace that is felt in Avis...
We parked the car next to the church and a small dog walks awkwardly while the owner, thrilled with her acquisition, laughed at us and spoke loudly to the dog.
It didin't pass anything else in the church square. Only, some neighbors were talking seated in the benches of the square, that is well adorned with beautiful orange trees. "You can take it! Is from everyone!" - Tells me a man with a beret who passes by and sees me looking at the oranges.
Small village, built strategically on top of the hill, belonging to the Portalegre district. Down there, the complex of Maranhão Waters and the progress seen by the construction and industries that grow around do not match with the small historical center where there is peace: few cars, few people, few movement.
The opposite of Ponte de Sôr, Portalegre district, where we went before we get to Avis. We strolled through the center and waterfront, where you can see the nineteenth-century bridge on the Ribeira de Sôr, which gives its name to the city.
The waterfront has been recently rehabilitated, to give a new look to Ponte de Sor. We can walk quietly along the riverside. On one side the water, on the other grass and benches where some older inhabitants rest with their small dogs. Most young people go to the terrace cafe nearby.
Almost at the end of the ride we find an area for exercises and a small modern bridge where a couple has been dating more hidden from other looks.
Heading into the city center where we find the hustle and bustle of people passing, cafes, terraces, cars, shops and a small cinema.
The day is hot, so we take the opportunity to snack on a croissanteria and keep going our way after that.
Avis is a picturesque place and full of history. It hosted one of the most important military orders, the Order of Avis, and gave name to one of the Portuguese dynasties.
Low houses, lots of light because they're whitewashed with typical Alentejo paintings in blue or yellow and surrounded by the village walls. Nowadays it has grown beyond that and is gaining new infrastructures.
But next to the church, there, in the heart of the village, men still sitting in the cafe chairs, in the shade, to see who passes. Every day they are there greeting the neighbors and hearing the music coming from the band rehearsals, next door.
Children play in the square without bars or restrictions and in the evening, two girls slip by a sloping wall next to the new garden / viewpoint where some older people come to sit in the fresh from a sun that goes already low.
Avis, like so many other Portuguese towns, is a place with a lot to give and so much to discover. Full of history, good restaurants with local cuisine and vacant buildings that rely on projects that are taking shape.
We hope that there will be more life and will in places like this one, that make us so well!
On our return to Lisbon there was still time to stop and visit the Fluviarium of Mora and for a short walk in Mora. From Avis to Mora we passed on secondary and dirty roads that are not indicated on the map and where we observed bee-eaters, storks, birds of prey and cattle grazing through olive groves, farmings and green meadows.
We returned to Lisbon in a very slow pace ... for a not so big shock! :)
Para saber mais // To know more:
Freguesia de Avis
Sem comentários:
Enviar um comentário