Santiago, terra de gentes misturadas. Confusão de línguas e culturas. Consumista e turística.
Encontra-se gente que passeia, ri e come tapas. Quem tire fotos e quem passeie os seus cães.
Gente de mochilas sobem e descem as ruas. Em alguns recantos vêem-se peregrinos a observar, outros a tirar notas.
Lojas de souvenires, restaurantes caros, artistas de rua.
Santiago não pára, e o corropio confunde quem percorreu um caminho de sossego...
Depois de duas noites a repousar, prossegue-se. O caminho até Finisterra é diferente do Caminho Português antes feito. Há uma maior mistura de culturas, nacionalidades e diferentes caras. Há gentes a vir de Finisterra para Santiago e outros a fazer o inverso.
Sinto-o mais como um caminho até ao fim, ao encontro com o mar e com a Natureza.
Este caminho deixa-nos grandes lições de humildade e tolerância para com os outros e para com nós próprios.
Às vezes vamos com expectativas tão elevadas e depois podemos não as conseguir realizar como pensávamos. No entanto, se dermos o nosso melhor, não nos desapontamos, mas sim conhecemo-nos.
No caminho, como na vida, há escolhas, encontros e desencontros. Partes menos boas e partes óptimas. Sorrisos, alegrias, dor e tristezas. Há partilha e há muita aprendizagem. E há ainda o contacto com a natureza. Os momentos de silêncio em que damos por nós a sorrir de felicidade. A energia e a força. E há pessoas. Melhores e piores.
É uma grande e fantástica lição.
2 comentários:
:)
Continuo a gostar muito de te seguir por aí por esses sítios por onde andas.
:) E eu agradeço o apoio e a "perseguição"!
Críticas construtivas, boas ou más, são sempre bem-vindas :)
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