quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Amesterdão e arredores








    




















   A nossa visita a Amesterdão foi muito rápida. Já há bastante tempo que queríamos conhecer a cidade, portanto resolvemos dar um pulinho de 4 dias.
   Antecipadamente comprámos o cartão I AMSTERDAM que dá descontos e entradas gratuitas na grande maioria dos museus, assim como permite andar gratuitamente nos transportes e ainda oferece algumas regalias em determinados restaurantes e bares. À chegada ao aeroporto fomos levantar o cartão e o guia da cidade a que tínhamos direito.
   Seguiu-se a habituação pela qual todos passamos ao chegar a um sítio novo e desconhecido: A língua não é a mesma, os sistemas de transportes também não e inicialmente há algum esforço para tentar compreender o que nos rodeia. Sair da nossa zona de conforto é um óptimo exercício aos sentidos!
   A minha mochila chegou estragada à minha mão, o que nos levou a pedir ajuda nas reclamações. Deram-nos o endereço de uma loja que reparava malas. Lá fomos.
   A rua não aparecia no mapa que tínhamos, mas Amesterdão tem um fantástico sistema gratuito que consiste em colocarmos o endereço que queremos numa máquina automática e sai um mapa impresso com as direcções a partir do local em que estamos! Óptimo!
   Fomos directos à loja na qual conhecemos um simpático senhor que nos recebeu com um enorme sorriso, falava um inglês exemplar e ainda nos disse todo contente que as férias dele iriam ser passadas em Portugal! Iria pegar no carro dele e vinha da Holanda para Portugal de carro. Planeava conhecer o norte e perguntou por serras e espaços verdes para conhecer.          Pareceu-me um óptimo plano!
   Ficámos logo encantados com a cidade que, aos nossos olhos, é acolhedora, simpática e muito bonita.
   O cartão que comprámos permitiu-nos não fazer grandes planos a não ser consultar o guia e ver quais os museus que podíamos e queríamos visitar. Os 4 dias tornaram-se uma correria para visitar tudo o que queríamos. Viemos cheios de arte maravilhosa, passeios no rio Amstel e bicicletas de todos os feitios.
   À noite, as casas iluminam-se e da rua consegue-se ver lá para dentro. Dá vontade de viver naquelas casas de janelas grandes e luminosas viradas para um dos muitos canais da cidade...
   Há ainda as casas em barcos, que acabam por ter uma renda caríssima, mas têm a vantagem de poderem abalar quando se quer!
   Visitámos o Red Light District, que nos surpreendeu por ser um espaço mais pequeno do que pensávamos. No mesmo quarteirão, pubs e coffee shops. Álcool, drogas e sexo à disposição como se fosse o local onde enfrentamos o espelho da nossa sociedade. De facto, são na maioria turistas os que procuram este tipo de entretenimento na cidade. Como que um reflexo do que já sabemos: tudo o que é proibido é sempre mais desejado.
   Ficámos num parque de campismo afastado do centro da cidade, mas que valeu a pena pelo local e originalidade: os quartos eram todos em roulotes e o parque está localizado junto a um enorme lago. Todas as manhãs os patos passeiam pelos relvados decorados com duendes e outras figuras de cerâmica. E havia sempre uma carrinha que nos transportava até à cidade. Gostaríamos de ter tido mais tempo para aproveitar o local.
   No último dia tentámos aproveitar ao máximo o que ainda havia para visitar. Conhecemos o fantástico zoo da cidade, com uma enorme biodiversidade e extraordinárias exposições de mamíferos, aves, vida aquática e borboletas. Perdemos horas lá dentro, mas saímos deliciados!
   Zaanse Schans. Pequena localidade ideal para sair da capital e ter alguma ideia da Holanda dos moinhos que todos temos na memória. Se faltar tempo para visitar o resto do país, recomenda-se uma paragem aqui. Faz muito vento, essencial para os moinhos que podem ser visitados como autênticos museus ao vivo. Além disso, existem fábricas de queijo, sapatos e tamancos. Casas pequenas, campos longos e ruas tranquilas. Tudo à distância de uma viagem curta de comboio.
   A curiosidade ficou saciada, mas muito há para descobrir ainda!

6 comentários:

JKL disse...

A capital é Den Haag (Haia). O erro é normal, e curiosamente os Holandeses não se preocupam por aí com o assunto... Até dá a idéia de que ficam a um modo que satisfeitos com a idéia :D

zuska disse...

Obrigado por reparares quando nem eu sabia onde tinha escrito "capital". :) Desconhecia esse pormenor e como tal, fui pesquisar sobre isso. O que encontrei em vários sites foi isto: "Haia é a sede do governo, mas, oficialmente, não é a capital dos Países Baixos, pois de acordo com a constituição a capital é Amesterdão."

Axle disse...

Só estive uma vez em Amsterdão, foi uma visita recente e ainda mais fugaz do que a vossa. Fiz lá uma escala de várias horas, a caminho de paragens bem mais distantes e poeirentas. O problema destas visitas breves é precisamente o de não termos tempo o suficiente para que o lugar "mexa" connosco e se entranhe... à falta de melhor expressão, é assim que o descrevo.
Eu tenho que confessar alguma curiosidade em relação aos holandeses... conheci poucos, e o pouco contacto que tive com eles deixou-me uma imagem de objectividade e frieza. Não me refiro a frieza no mau sentido, creio que franqueza talvez fosse a palavra mais adequada... na minha cabeça, um holandês costuma ser uma pessoa totalmente franca e objectiva, quando uma coisa é assim, ele diz que é assim, sem rodeios e sem basófias. Eu aprecio isso... pode parecer muito "cru", mas eu aprecio isso.
A minha passagem por Amsterdão foi demasiado breve para formar uma opinião; não vou dizer que seja um lugar que me tenha cativado à primeira vista, que se tenha destacado de outros tantos lugares que já conheci pelo norte da Europa fora. E no entanto, sim, há um ambiente geral de descontração que lhe dá uma aparência acolhedora, de certa forma. E é assim que, um dia destes, e também motivado pelas coisas que aqui escreves sobre a vossa experiência, tenho de regressar à cidade, com tempo para respirar os ares de lá e para conviver com esses personagem muito peculiares que, na minha cabeça, são os holandeses.

P.S. O Dirk Niepoort é holandês... só por aí já temos ponto de encontro...

zuska disse...

Tens de lá voltar e depois contar-nos se essa tua opinião em relação aos holandeses se confirmou!
Pois, de facto, passagens fortuitas podem deixar-nos com impressões erradas do sítio onde estivemos pois não se teve tempo de absorver toda a realidade do país. E regra geral, é por isso que não gosto de visitar só a cidade principal do país, porque acho que só com isso não fico a conhecer a identidade do país todo. Mas quando só há tempo para uma visita rápida, arranjamo-nos com o que temos, não é verdade?
E depois, muito ou pouco tempo, é sempre importante partilharmos as experiências e opiniões que formámos.

Anónimo disse...

Olá, gostei muito do que escreves-te e fiquei interessada em saber mais sobre esse parque de campismo onde ficas-te instalado. Ainda te lembras do nome?
Obrigada

zuska disse...

Olá! Lembramo-nos sim, o parque de campismo chama-se Lucky Lake Hostel. Têm página do facebook e podes pesquisar por ele no google. Fica aqui o link deles no HostelWorld, site que costumamos usar para fazer reservas de hostels: http://www.hostelworld.com/hosteldetails.php/Lucky-Lake-Hostel/Amsterdam/6181
Esperamos ter ajudado! mais alguma dúvida, é só dizeres :)