Aterrámos em
Madurai, no Sul da Índia, um aeroporto modesto, com um multibanco que não
funcionava. Foi fácil arranjarmos um tuk-tuk que nos levasse ao hotel por um preço
modesto e que ainda parásse num multibanco para conseguirmos algum dinheiro.
Ficámos num
hotel bem localizado junto ao templo principal da cidade: Meenakshi Amman
Temple, um local grandioso e considerado por muitos como o ponto alto da
arquitectura do sul da Índia, tão vital para a região como o Taj Mahal para o
Norte da Índia. E nós não lhe tiramos nenhum mérito! Desde logo sentimos a profunda
espiritualidade dentro daquele local, com pessoas a meditar, famílias sentadas
no chão a comer e outras pessoas de fé a visitar os seus deuses. É um local
escuro e é necessário descalçarmo-nos à entrada. Por dentro das torres do
templo há um pátio circundante onde, naquele dia, faziam uma cerimónia festiva
com uma espécie de carro alegórico, o qual todos queriam tocar. Na sua frente
ia um magestoso elefante a passo vagaroso. Já o tínhamos visto anteriormente
dentro do templo. São criaturas imponentes e sensíveis ao mesmo tempo.
Transmitem força e doçura, e essa paridade atrai-nos, fazendo-nos ficar a
contemplá-lo por longos momentos.
Algo novo foi
quando o elefante defecou, algumas pessoas foram a correr pisar as suas fezes e
chamar os filhos para o fazerem. São animais sagrados, e como tal, tudo o que
advém deles poderá ser portador de boa sorte.
Para o dia
seguinte visitámos o Gandhi Memorial Museum de entrada gratuita e que vale
muito a pena pela quantidade de informação sobre toda a história da Índia desde
a altura das colonizações até à vida e luta de Gandhi pela sua independência.
As vestes que ele usava no momento em que foi assassinado estão lá presentes.
Foi um lugar onde saímos mais ricos depois da sua visita.
Até ali tinha
sido fácil arranjarmos transportes pois no hotel diziam-nos quanto deveríamos
pagar e chamavam o tuk-tuk. Depois do museu tivemos a nossa primeira
experiência neste país, com um senhor que não nos dizia quanto queria mas
apenas: “No problem! You like money!”. Mostrou-nos várias fotos de turistas que gostaram dos serviços dele, para apelar ao nosso sentimento (o que é muito vulgar na Índia), e assim sendo é díficil o diálogo quando se parte do príncipio que todos os turistas são iguais e/ou podem despender do mesmo dinheiro... A caminho do
hotel, parámos ao pé de um polícia na rua que disse algo ao nosso motorista.
Este perguntou-nos se tínhamos uma esferográfica e foi dá-la ao polícia.
Ficámos sem caneta e sem perceber nada!
Madurai tem muito
tráfego, barulho e buzinadelas. É bom para nos acostumarmos a deambular por
entre o trânsito nesta “dança” de movimentos fluídos e comum na Índia.
Dia 14 de
Outubro apanhámos um autocarro para Kochi, no Estado de Kerala. Eram um bus
nocturno, todos sentados e sem AC. Janelas
abertas, 30 graus e siga! //
Landed in Madurai, South India, a modest airport with an ATM that did not work. It was easy to get a tuk-tuk to take us to the hotel for a modest price and still stop in an ATM to get some money.
We stayed in a well located hotel next to the city's main temple: Meenakshi Amman Temple, a majestic place and considered by many as the highlight of South Indian temple's architecture, so vital to the region as the Taj Mahal to the North of India. And we didn't take it any merit! We immediately felt the deep spirituality within that place where people were meditating, families sitting on the floor eating and other people with their own faith visiting their gods. It is a place with low light and you need to take off your shoes at the entrance. Inside the temple towers is a surrounding courtyard where, on that day, was taking place a festive ceremony with a kind of wooden car with a deity, which everyone wanted to touch. In the front of it, a majestic elephant was slowly walking. We already had first seen it inside the temple. Elephants are imposing and sensitive creatures at the same time. It transmit us strenght and sweetness, and this parity attracts us, making us contemplate it for long moments.
Something new to us was when the elephant dropped a poop, some people ran to step on it and called the children to do the same. These are sacred animals, and as such, all that comes of them may be the bearer of good luck.
For the next day we visited the Gandhi Memorial Museum, entry is free, it worths ugelly for the amount of information on the history of India from the time of colonization to the life and struggle of Gandhi for independence. The clothes he wore when he was assassinated are exhibited there. It was a place from where we left richer after its visit.
Until then it had been easy to get transport because the hotel where we were staying told as how much we should pay and called for the tuk-tuk. After the museum we had our first experience in this country with a man who not told us how much he wanted but only: "No problem! You like money. " He showed us several photos of tourists who liked his services, trying to get into our hearts (very common in India), so it is a difficult dialogue when it is assumed all tourists are equal and can spend the same amount of money... On our way to the hotel, we stopped near a policeman on the street who said something to our driver. Then our driver asked us if we had a pen and gave it to the police man. We ended up with no pen and wondering what happened!
Madurai has a lot of traffic, noise and honks. It's good to get used to stroll through the traffic in this fluid movements "dance" common in India.
October 14, we catched a bus to Kochi, Kerala State. It was a night bus, all sitting and without AC. Windows open, 30 degrees and go!
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