O Cabo Espichel é um dos locais mais notáveis da Costa Portuguesa, não só definindo o fim da zona terrestre e o início da imensidão do mar, mas sendo também local de cultos religiosos. Na sua extremidade, vislumbra-se, a vertiginosa Baía dos Lagosteiros.
O Cabo Espichel tem também grande interesse do ponto de vista botânico e do ponto de vista ornitológico, sendo especialmente apropriado para programas de observação da fauna, flora e da paisagem.
Do ponto de vista da flora destaca-se neste local a presença de duas espécies endémicas arrabidenses, a Corriola do Espichel e o Trovisco do Espichel, plantas extremamente raras que existem apenas nos afloramentos calcários e nas arribas costeiras do cabo Espichel.
Nas suas origens serviu de lugar defensivo do território. No século XVIII se ergueu nos seus arredores um santuário dedicado a Nossa Senhora do Cabo, que conta a lenda apareceu à um casal de idosos neste lugar no ano de 1410. Foi o primeiro lugar onde se instalou um farol para iluminar a costa conhecida pelos ingleses como 'Costas Negras' no ano de 1790.
O Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel é um dos mais importantes do concelho de Sesimbra. Como o seu próprio nome indica está situado nas imediações do Cabo Espichel. Foi construído no século XVIII. É de planta longitudinal composta por uma nave e capela-mor. Em cada lado da sua fachada encontram-se as torres sineiras. Unido ao Santuário encontra-se um conjunto de dependências que serviam de refúgios para os peregrinos. Está classificado como Bem de Interesse Público desde o ano de 1950.
A presença de um trilho fóssil de pegadas de dinossauros, com origem na praia subindo a falésia até ao planalto onde se encontra o Santuário, deu origem a uma lenda curiosa, que relata a existência de um animal, designado por "MUA", o qual teria conduzido Nossa Senhora, da praia até ao planalto. De facto, até 1428, a ermida era conhecida por Santa Maria da Pedra da Mua.
Realça-se ainda, no Cabo Espichel, a sua componente geológica. Merecem referência especial as arribas de origem sedimentar formadas por múltiplas camadas diferenciadas, onde se podem encontrar vários conjuntos de pegadas de dinossauros.
Para saber mais:
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1 comentário:
Este fim-de-semana irá decorrer um Workshop de Diários Gráficos, e lembrei-me do vosso projecto. Irá ser ministrado no âmbito de uma exposição "Bonecos de Bolso" de Pedro Martins Barata Cabral, em Minde (1 hora de Lisboa), nos Jardins do Museu de Aguarela Roque Gameiro.
Mais informação através do e-mail: museuaguarela@caorg.pt
Este link tem alguns desenhos que estão na exposição:
http://bonecosdebolso1.blogspot.pt/2012/05/workshop-de-diarios-graficos.html
Beijinhos e boas viagens...
J.
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