Talking with Tanya from Russia |
Turtoises |
Squirrel in the tree |
Tango, the nice doberman |
Zé and Govingha pushing for the engine to start working |
Half coconut |
Flora's details |
The workers |
The farm |
A
nossa semana perto de Kotadeniyawa, no Sri Lanka, a fazer workaway (trabalho em
troca de alojamento e comida) numa quinta eco-sustentável foi uma experiência
memorável.
Fomos
extremamente bem recebidos por todos. Cada refeição era motivo para longas
conversas e discussão de novas ideias e argumentos com o Feizal, marido de
Jeanne, e nossos anfitriões.
Conhecemos
pessoas interessantíssimas como o Dr. Ranil Senanayake, ecologista, e as Tanyas
da Rússia, que faziam um documentário sobre estilos de vida e sustentabilidade
no Sri Lanka.
Os
finais de tarde eram lindos e calmos... O céu enchia-se de cores num degrade gracioso e a tranquilidade de um final de dia quente sentia-se. O silêncio era interrompido apenas pelas aves
e pelas folhas das árvores que abanavam suavemente...
Às
vezes começava a chover repentinamente a meio da tarde e parávamos os trabalhos
ficando debaixo do alpendre a observar. Faz calor, os pássaros recolhem, os
esquilos também e as tartarugas passeiam contentes no seu espaço. Tudo é
adorável naquele sítio e o que se aprende com a natureza e a paz que se sente é
inigualável.
O Sol
punha-se às 18h, mas os dias começavam cedo e consequentemente, eram enormes.
Havia tempo para trabalhar, dormir a sesta, passear e termos momentos para
dedicarmos a nós.
Às
vezes, de tarde, conversávamos com a Jeanne, a nossa anfitriã. Fotógrafa e
escritora. Uma pessoa inspiradora e com um sentido de humor delicioso. Com os
seus 80 e picos anos, não lhe daríamos a sua idade pois mantinha-se activa,
segura e cheia de histórias divertidas. Durante os dias lá já me encontrava
apegada ao seu sotaque britânico, não fosse ela uma dutchburger (etnia do Sri Lanka de descendentes de colonizadores,
neste caso, holandeses). Os seus 5 cães, 3 dos quais uns adoráveis dobermen que
ela trouxe para a quinta para substituírem os seguranças. Nunca tinha pensado
em ter cães dessa raça, mas não hesitou em trazer dois pois iam cortar-lhes as
orelhas e caudas para venda.
Os
trabalhadores da quinta, eram as pessoas com quem passávamos mais horas, mas
não falavam inglês, a não ser o Govindha, com quem aprendíamos palavras em singalês
e tamil. Gente humilde e sorridente, que todos os dias nos recebiam com um
sorriso e nos ofereciam chá nas pausas do trabalho.
Na
quinta, não se comem nem se matam animais. Todos os que lá vivem têm um
propósito, inclusive o boi Mr. T que puxa a carroça da vegetação para alimentar
os búfalos. Os excrementos destes, servem para produzir biogás que vai
directamente para a cozinha e permite a utilização do fogão.
Num
futuro, eles pretendem ser independentes de qualquer forma de energia e
produzir os seus próprios recursos, na esperança que muitas mais pessoas sigam
o seu exemplo.
Durante
a nossa estadia observámos imensos animais que nos deliciaram! Aves, insectos,
geckos, borboletas, um lagarto Thalagoya (Varanus
bengalensis), uma assustadora cobra Naja que pôs todos os trabalhadores em
sobressalto e a Attacus atlas, a borboleta nocturna com maior área de
superfície de asas de todas as Lepidoptera.
Foi
difícil deixar este lugar magnífico e fica a promessa de um retorno. Esperamos!
Era
hora de seguir para a Índia e ver que novas surpresas nos esperavam!
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Our week near Kotadeniyawa in Sri Lanka, doing a workaway (work in exchange for accommodation and food) on an eco-sustainable farm was a memorable experience.
We were extremely well received. Each meal was an excuse for long conversations and discussion of new ideas and arguments with Feizal, Jeanne's husband, and our hosts.
We met very interesting people like Dr. Ranil Senanayake, ecologist, and Tanyas from Russia, who were making a documentary about lifestyles and sustainability in Sri Lanka.
The late afternoons there were beautiful and calm... The sky was filled with a graceful degrade and the quietness of a hot day's evening was felt. The silence was broken only by the birds and by the leaves of the trees that were gently shaking...
Sometimes it suddenly began to rain in the afternoon and we stopped the works to go under the porch observing. It was hot, the birds were gathering, squirrels too and the turtoises were wandering happy in their space. Everything is lovely in that place and what we learned with nature and the peace that we felt was incomparable.
The sun was setting at 6PM, but the days began early and consequently were huge. We had time to work, take a nap, walk around and had also time to dedicate to ourselves.
Sometimes, in the afternoon, we used to talk with Jeanne, our hostess. Photographer and writer. An inspiring person and with a delightful sense of humor. With 80 something years, we would not give her that age because she remained active, secure and full of fun stories. During those days there I was already wedded to her British accent (she was a dutchburger - Sri Lanka's ethnic group of descendants of colonizers, in this case, Dutch). Their 5 dogs, 3 of which were adorable dobermen that she brought to the farm to replace the security. She had never thought about having dogs of this breed, but did not hesitate to bring two of them because someone would cut off their ears and tails for sale.
The farm workers were the people whom we spent more hours with, but they speak no English, except Govindha, who teached us words in Sinhalese and Tamil.
Humble and smiling people, who received us every day with a smile and offered us tea during the work breaks.
In the farm they do not eat or kill animals. Every animal who lives there has a purpose, including the bull Mr. T that pulls the cart with vegetation to feed the water buffaloes. Their excrements are used to produce biogas which goes directly to the kitchen and allows people to cook.
In the future, they would like to be independent from any kind of energy and produce their own resources hoping that many more people follow their example.
During our stay we saw a lot of animals that delighted us! Birds, insects, geckos, butterflies, Thalagoya lizard (Varanus bengalensis), a scary cobra Naja which scared all the workers and Attacus atlas, a moth with the biggest wing surface area of all Lepidoptera.
It was hard to leave this wonderful place and we left the promise to return. We hope!!!
It was time to continue to India and see what new surprises are reserved for us!
1 comentário:
Maravilhosas imagens captadas por olhares tão sensíveis, tanto na fotografia como no desenho.
Continuem a inspirar-nos!
Estamos convosco nesta jornada :)
Namaste always!
Beijinhos com saudades,
Cris
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